Ao lado do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, participei, na quarta-feira (4/6), da entrega oficial de um dos maiores parques solares do Brasil. Aconteceu na cidade de Arinos, no Noroeste mineiro. Com investimento total de R$ 1,5 bilhão, o Parque Solar de Arinos foi viabilizado pelo governo federal, Banco do Nordeste e investimentos privados de empresas como Gerdau, Newave Energia e XP Investimentos. São mais de 720 mil painéis solares, com 432 MWp de capacidade instalada, e energia suficiente para abastecer 70 mil residências. Um projeto que reduz emissões de carbono, gera empregos e movimenta a economia da região.

Para Minas Gerais, isso significa mais energia limpa, desenvolvimento sustentável e fortalecimento da transição energética. O Parque Solar de Arinos tem seus painéis solares instalados em uma área de 822 hectares a apenas 30 quilômetros da zona urbana do município, o parque tem potencial para abastecer o equivalente ao consumo de uma cidade de 350 mil habitantes.

Este empreendimento não só fortalece a geração de energia limpa no Brasil, mas também traz benefícios para a economia local. Foram instaladas 27 empresas do setor fotovoltaico no município de 17 mil habitantes, criando empregos e estimulando o desenvolvimento socioeconômico da região. Além disso, o projeto promove ações sociais, como a reforma de uma biblioteca e a criação de laboratórios de robótica, beneficiando mais de 2 mil alunos de 20 escolas locais.

Potencial brasileiro

Geraldo Alckmin destacou a posição do Brasil no cenário global de energias renováveis e lembrou que o Brasil é hoje um grande produtor de proteína animal, vegetal e possui um parque industrial vigoroso. “Somos um dos maiores produtores de energia solar e eólica do mundo, e nossa matriz elétrica é a mais limpa do planeta. Com o crescimento da energia solar, estamos contribuindo para a descarbonização global, ajudando o planeta a reduzir suas emissões de CO2,”

O Brasil precisa continuar descarbonizando sua matriz energética, e projetos como o Parque Solar de Arinos são os determinantes neste caminho. Apenas ele vai proporcionar o fim da emissão de cerca de 22 mil toneladas de CO2 ao ano. A escolha de Minas Gerais para abrigar o projeto levou em conta a vocação do Estado, que atualmente já conta com 934 usinas movidas à energia solar. Aqui temos o maior potencial desta fonte energética instalada no Brasil, representando mais de um terço de toda a capacidade nacional.

Pelos planos do governo federal, até 2028 o Estado deve receber R$ 17,6 bilhões em investimentos em energia solar, contribuindo para a criação de 160 mil empregos diretos e indiretos. No contexto global, o Brasil está entre os 18 países que têm uma taxa de penetração de energia solar superior a 10%, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

Desafios

Ainda há muitos desafios, como a necessidade de investir em sistemas de armazenamento de energia e na captura de gases de efeito estufa, especialmente na região de Arinos, que dispõe de gás natural e potencial excedente de produção.

A inauguração marcou um importante momento em que Minas Gerais e o Brasil avançam decisivamente rumo à sustentabilidade, inovação e desenvolvimento social. Projetos como o de Arinos são exemplos concretos de que o setor energético deve estar a serviço do crescimento econômico, do bem-estar das comunidades e do compromisso com o meio ambiente.